Melissa
Essa semana em uma loja de planejados foi a primeira vez que me chamaram de "Dona Melissa". Achei estranho. Logo eu, tão acostumada com informalidades, com Mel, Mê, Memê, Mel Mel, Melzinha... Dona Melissa? Me senti balzaca. Pior foi constatar a verdade: eu sou mesmo uma quase balzaquiana(**). Aí bateu no meu rosto aquele sopro de realidade... a infância passou longe, adolescência idem... Agora é tempo de um novo tempo... De cuidar de outra(s) pessoa(s), de ser dona-de-casa, de me desdobrar em várias, de ter responsabilidades, de fazer coisas que só gente grande faz. Dá um medinho, mas é agora ou nunca.
Mas quer saber do que mais? Acho que estou pronta... Se fosse em outro contexto, com outra pessoa, em outra situação, estaria desesperada, mas do jeito que as coisas estão e com o Sosó ao meu lado, estou é bem feliz com a decisão que tomei :)


(**) Balzaquiana: a expressão foi cunhada após a publicação de um livro do francês Honoré de Balzac. Em "As Mulheres de 30 Anos", o escritor realiza uma análise do destino das jovens na primeira metade do século XIX, em particular dentro do casamento. E faz uma apologia às mulheres de mais idade, que, amadurecidas, podem viver o amor com maior plenitude.


Devo me casar porque... Namorido é mais velho do que eu, OU SEJA, por mais balzaca que eu fique, ele fica antes :D
0 Responses

Postar um comentário